quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ainda existem Heróis

Até nos filmes os heróis não são mais descritos como moçinhos perfeitos. Para ter platéia eles precisam demonstrar sua humanidade, serem críveis, admiráveis não somente pelo heroísmo cativante, mas também pelos seus defeitos, que os ajudam a crescer cercados de idealismo e dedicação.

Assim é o super-homem. Apesar de toda a sua força, velocidade e capacidade de voar, têm todos esses e outros poderes anulados simplesmente por se aproximar de uma pedra de criptonita. O Robin Wood é um democratizador. Distribui riqueza aos pobres. Perfeito, se não fosse roubo. E por ai vai, porque nenhuma pessoa é feita apenas de qualidades.

É por isso que olhando a nossa volta notaremos que estamos cercados de super-heróis. Pessoas comuns tais como a gente, mas que fazem de suas dificuldades trampolins para o seu grande salto. Essas pessoas nos orgulham porque vemos que tudo o que têm ou terão é fruto de seu esforço e dedicação.

O meu herói

Reconstruiu-se, foi o que ele fez. Observou o passado, cresceu com ele, lutou para superar suas limitações e venceu. Pelo seu esforço, pelo seu talento. Foi seu brio que não o permitiu aceitar o fracasso iminente e buscar seu lugar ao sol.

Se outrora era um pequenino pulando muros para não assistir aulas, hoje sabe a importância de sua formação. Não se limitou a ser graduado, especializou-se. Soube que apenas um diploma não seria suficiente, seria preciso o esforço. Pegou algumas dúzias de currículos e foi à busca de apresentar-se, para quem sabe alguém lhe dar uma oportunidade. Conseguiu a primeira sendo que já estava em busca de algo melhor.

Hoje é concursado, oficial do corpo de bombeiros, e ainda assim, meu irmão.
Recentemente ele viveu um momento especial. Fez mais um resgate. Dessa vez foi de helicóptero, buscar em outra cidade uma vida pequenina, de um bebê que precisava dos seus cuidados. Esse momento fecha um ciclo. Meu herói cresceu, desenvolveu seus dons, e agora está por ai salvando vidas.
Agora entendo... É por isso que sempre me senti seguro quando ele estava por perto.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Recrutamento e Seleção ao Vivo na TV

Pioneiro no assunto aqui no Brasil, Roberto Justus vai ganhar seguidores. Parece que mostrar na TV como funciona um processo de seleção de pessoas pode garantir audiência. A Record, que nesse filão já fatura (e muito) com “O Aprendiz” agora vai usar a fórmula para tentar resgatar o programa da simpática e sorridente Maria Cândida.

Hoje, a versão on-line da Folha deu que a Vênus Platinada vai seguir sua concorrente para tentar recuperar a liderança da passada Ana Maria Braga. Os Marinhos têm a missão mais difícil. Enquanto a Record precisa fidelizar o horário de Maria Cândida e parar de fazer do programa dela um requentado de sua programação, a Globo precisa recriar a Ana Maria. Missão difícil, já que até a imitação do Tom Cavalcanti consegue ser mais interessante que a original. Será que a seleção de funcionários na TV salva esses dois programas?

Na TV, o processo seletivo é menos sofrível para os que selecionam que para quem o faz dentro de quaisquer empresas pelo Brasil adentro. Já tive a oportunidade de participar de muitos processos seletivos como recrutador. Garanto: É espantosa a falta de cuidado dos candidatos com o tal momento! Deveria justamente ser ao contrário, já que aquele processo pode garantir a retirada da pessoa das estatísticas do desemprego.

Não é incomum nos depararmos com pessoas vestidas como se estivessem indo a um baile funk. Nenhum preconceito, até porque gosto do ritmo, mas para cada momento uma realidade.

Como a maioria do quadro funcional de minha empresa é de jovens, vejo o quanto estamos despreparados para ser o país do futuro. Falta cuidado pessoal, capricho com o idioma, elegância na hora de disputar a vaga sem apedrejar a empresa anterior ou os concorrentes... Exatamente por isso fico feliz que a TV se infeste desse tipo de programa. Quem sabe assim as pessoas observem o quanto a disputa por um emprego deve ser levada a sério, como se concorrêssemos a um desses prêmios e empregos maravilhosos que serão distribuídos na TV. Entretenimento e serviço, é para isso que servem as concessões.

Atualizando (04/04/2009): É, a crise chegou mesmo. Ambos os programas que dariam empregos não emplacaram. O da Ana Maria nem começou. O da Maria Candida começou e foi demitido sumariamente, após algumas poucas semanas no ar. Vivemos realmente tempos difíceis. rs...

Mudança de Planos...

Permitir-se mudar o caminho no último segundo pode garantir bons momentos. Hoje saí de casa para fazer uma coisa, mas acabei fazendo outra totalmente diferente. Essa sensação de sair sem ter que seguir o roteiro, sem fazer o pré-determinado, muito me agrada.

Poderia apenas ter ido cortar o cabelo, uma parada totalmente motora e sem graça (para os homens!). Cortar para não ficar feio, mas ficar ali sentado enquanto o profissional trabalha não é a coisa mais desejada em um sábado à tarde.

Assim, dessa vez a oportunidade não fez o ladrão, o que ela fez foi uma tarde muito agradável!

Lembro que ainda molequinho ia sempre com meus primos, tios, pai e irmão aos jogos. A família é toda vascaína. O único primo que era “do contra”, tendo o pior gosto possível (torcia aquele time do vermelho e preto) não resistiu a toda a família se divertindo em muitas tardes de sábados e domingos no São Januário e no Maraca e acabou optando pelo melhor. (Graças a Deus! Rs.).

Mas a gente vai crescendo, adquirindo um montão de responsabilidades, andando em outras tribos e quando vê coisas que você adorava fazer não faz mais. É aí que entra a segunda dica. A primeira é fazer como eu fiz, mudar de idéia aos 47 do segundo tempo e fazer o que realmente te daria prazer em fazer. A próxima dica (porque conselho é uma palavra que assusta) é não esperar pelos outros para realizar o que você quer fazer.

Há tempos venho chamando meu pai, irmão, amigos, primos, enfim, um monte de pessoas para ir ao jogo, mas acabamos sempre ficando naquele “vamos marcar...” e a coisa não anda. Então chega um momento que você tem que falar: “Ah, não quer, problema, eu vou sozinho então!” (RS...) Fiz isso hoje e tive uma bela tarde fazendo o que eu desejava.

Foi muito show retornar ao estádio do meu time. Quando eu estava no 2º grau, era para lá que eu ia quando não estava a fim de assistir aula (sim, já matei muita aula, embora pareça nerd). Mas naquela época eu torcia para “O VASCO”. O time de hoje nem de longe lembra o que já foi. Mas como sou pé-quente, sai do estádio com um 3x1 satisfatório.

Se bem que o resultado pouco me importava. O estimulante era participar daquela festa. Fica evidente o amor que aquela rapaziada sente não é pelo time, mas pela instituição, pelo nome Vasco da Gama. Pode colocar um time de pelada, pode até disputar a 3ª divisão que “na alegria ou na dor o sentimento não pára.” Realmente senti isso. É de arrepiar estar naquela galera gritando seu amor pelo Vascão.

Tentei aproveitar tanto aquele momento que comprei camisa, fiquei na concentração da torcida e só fui embora quando o estádio já estava quase vazio. Era numerosa a molecada levada ao estádio com seus pais. Muitas meninas, muitas crianças... Foi super-tranqüilo ir e vir. Não deveria! Mas é óbvio que somente foi assim por ser jogo contra time pequeno. Se fosse clássico o clima seria totalmente diferente. As pessoas que hoje somente estavam preocupadas em fazer a festa certamente estariam tentando levar a sério a guerra das torcidas.

Mas violência nos estádios é outro assunto. Vou me ater a falar da maravilha de torcida e no momento bacana que é estar no São Januário e ver o meu Vascão jogar. Foi uma excelente tarde no meu caldeirão!