segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Poder de Lula

O presidente operário - Agência AFP

A menos de um ano, a mídia noticiava que o tucano José Serra seguia liderando as pesquisas de intenção de voto. Em dezembro de 2009 o instituto de pesquisa da vox populi apontava 39% para Serra e 17% para Ciro Gomes. Até então pouco conhecida, Dilma Rousseff empatava com Ciro.

Na época, todos eram apenas potenciais candidatos. O PSDB ainda estava em dúvida sobre apostar novamente no governador de SP ou se cedia aos apelos do governador mineiro e optaria por Aécio Neves. A favor de Serra, as pesquisas e o fato de já ser conhecido do povo brasileiro, devido ter sido ministro e candidato a presidência.

Contrapondo ao cacife dos tucanos, Lula, que mediante a inviabilidade de contar com José Dirceu, já anunciava ter optado pela então Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. A mãe do PAC iria mais uma vez para a trincheira, mas dessa vez em busca de votos!

O curioso é que não me lembro de um analista político ou jornalista apostar que Dilma, recém recuperada de câncer, pudesse obter os votos que seriam de Lula. Naquela época, Carlos Augusto Montenegro deu uma entrevista para a Veja cuja manchete era uma afirmação do presidente do Ibope: "Lula não fará seu sucessor."

Agora, passado o tempo, é muito interessante reler a seguinte resposta de Montenegro durante a entrevista:
VEJA - Já existem pesquisas que colocam Dilma Rousseff na casa dos 20% das intenções de voto. MONTENEGRO - A Dilma, em qualquer situação, teria 1% dos votos. Com o apoio de Lula, seu índice sobe para esse patamar já demonstrado pelas pesquisas, entre 15% e 20%. Esse talvez seja o teto dela. A transferência de votos ocorre apenas no eleitorado mais humilde. Mas isso não vai decidir a eleição. Foi-se o tempo em que um líder muito popular elegia um poste. Isso acontecia quando não havia reeleição. Os eleitores achavam que quatro anos era pouco e queriam mais. Aí votavam em quem o governante bem avaliado indicava, esperando mais quatro anos de sucesso. Trecho da Entrevista publicada na edição de 16 de agosto de 2009.

Sinceramente, o presidente do ibope deve estar aprendendo um bocado com essas eleições. A primeira grande lição é ter muito cuidado com o que fala e jamais desacreditar da força de Lula.

A menos de um mês para a votação, nota-se que nunca na história desse país houve um presidente tão capaz de transferir seu carisma e ponteciais votos para uma figura até pouco tempo desconhecida do povo brasileiro.

É tão nítida a força de Lula, que até o candidato adversário usou a imagem do presidente em seu programa eleitoral para a TV com direito a uma narração que dizia "Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes."(veja o vídeo)

Mesmo tendo em seu partido o criador do plano real, moeda que estabilizou nossa economia, o candidato peessedebista não cita nem sobre tortura que é o escolhido de FHC.

Um post para falar sobre o poder de Lula é pouco. Enquanto essas linhas são escritas Lula segue acumulando recordes de popularidade. Mantém-se ao final de dois mandatos com mais de 70% de aprovação do seu governo e as pesquisas já sinalizam a possibilidade de que Lula consiga eleger Dilma ainda no primeiro turno.

Feito raro, único e que mostra o poder de um operário que virou presidente de um país de operários.

E pensar que em 2002, a Regina Duarte tinha medo de Lula... No tempo certo ela tinha razão, se estiver no lado oposto, é preciso ter muito medo.



domingo, 15 de agosto de 2010

Desejo e Determinação

Quantos sonhos já perdemos senão pela falta de coragem de lutar? Quantos projetos já ficaram no papel, por darem trabalho, por exigirem muito da gente para poder concluir?

Hoje um grande campeão, que morreu lutando pelos seus sonhos me falou fundo sobre isso. E por isso estou aqui. Depois de tanto tempo sem deixar o meu recado, talvez simplesmente por achar que minha voz ficou fraca, e por isso não é mais ouvida. Por mim mesmo, claro, que abafei meu grito e silenciei meus pensamentos.

Afinal, a busca é grande e o caminho longo. Seguir exige muito de mim. Às vezes, voltar parece ser a escolha mais fácil. Mas esse grande campeão, voltou do seu passado de glória para reavivar meus desejos e lembrar que preciso ter brio.

Não dá para aceitar o fracasso e ver o tempo passar sem se tornar protagonista de sua própria vida. Companheiros, a luta continua. E atrás, sempre vem gente. Vamos em frente.

Estou de volta, I'm Back. Obrigado Ayrton!