domingo, 26 de setembro de 2010

Planejamento e Execução

Durante toda a nossa vida estamos sempre sonhando e idealizando o que queremos ser, o que esperamos dos nossos caminhos.

Estamos pra lá do meio do ano, então já é possível até ter uma noção se a sua lista de sonhos feita na virada do ano vai ou não ter êxito. Eu não faço, mas costumo relacionar os meus objetivos para poder ir trabalhando mentalmente o que precisarei fazer para atingí-los.

Isso que acabamos fazendo naturalmente, dentro das ferramentas de gestão seria a primeira parte do ciclo PDCA. A sigla, em inglês, Plan, Do, Check and Action deduz que temos 4 passos para garantir o sucesso e alcançar os objetivos. É preciso Planejar, Executar, Checar e Corrigir.
Principalmente na vida, nossa principal falha está na execução. Geralmente não chegamos nem a checar e corrigir nossos rumos, ficamos perdidos mesmo em executar o que precisaríamos para atingir a tal felicidade.

Quantas vezes nos planejamos para equilibrar nosso orçamento, fazer aquela viagem, comprar o carro que queremos, liquidar aquela dívida antiga que não acaba e no final acabamos vendo que os objetivos planejados não estão sendo atingidos?

Isso simplesmente pelo fato de não executarmos com a exatidão necessária aquilo para o qual nos programamos. São coisas simples que nos impedem de seguir a diante com nossos planos. Se sabemos que vai ter prova na facul, e sabemos que teríamos aquele dia para estudar, deixar de fazer isso pode significar perder mais um período e emperrar aquela promoção que estava parada esperando o diploma. Deixar de sair para a balada algumas vezes, pode ser o necessário para não ter mais aquela dívida que se arrasta a tempos...

Precisamos executar mais, planejar na medida, para não ficarmos na ânsia de abraçarmos o mundo e não conseguirmos abraçar nem o nosso próprio destino. Se não executarmos, nossa vida acaba sendo um rascunho do que planejamento que seria.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

À pouco de decidirmos nosso Futuro

A partir de hoje chegamos na reta final. Faltam apenas 15 dias para as eleições. Dia 3 de outubro está bem aí, e independente da sua orientação política (ou ausência dela) está nas mãos de cada um de nós o futuro do nosso país.

Não acredito em retrocesso. O país está caminhando para frente, num ritmo fraco, mas com instituições mais maduras e sociedade mais organizada. As empresas hoje possuem um nível de profissionalismo que dificilmente um governo, com os candidatos que lideram a pesquisa, conseguirá prejudicar.

O que está em jogo mesmo é a velocidade que queremos para o nosso progresso. O país, mesmo crescendo, sofre com problemas crônicos, que precisam ser olhados com atenção, caso queiramos realmente ter sucesso e ver nosso povo melhor e mais forte.

Acho que a saúde, educação, segurança e infraestrutura são nossas maiores fragilidades.

Faltam médicos, equipamentos, os hospitais estão completamente abandonados. Alguns até fedem! É triste ir visitar um parente que esteja num hospital público. Pior, praticamente não existe políticas de saúde preventiva.

Na educação, o abandono das escolas, e principalmente os salários incrivelmente baixos dos professores impossibilitam um crescimento cultural de nossa população. Aqui no Rio, meu amigo é professor do Estado. Salário: R$ 623,00. Ou seja, se ele trabalhasse em telemarketing, ganharia o mesmo ou mais!!!

Há um tempo li sobre a revolução pela educação que a Coréia do Sul realizou. Não tenho dúvidas: Este é o único caminho. Mesmo quando o governo se esforça para melhorar a situação da nossa sociedade, temos cidadãos capazes de jogar papel no chão, entupir os bueiros, jogar lixo e até móveis e objetos em rios, além de ocupar encostas... No final, nós mesmos contribuímos para enchentes que resultam em centenas de mortes.

A longo prazo, a saúde e a educação nos garantirão mais segurança. E nesse ínterim, a falta de segurança deve ser encarada de maneira séria e responsável. Há no Rio um bom e mau exemplo. As UPPs são o bom. O morros que antes eram um risco para a sociedade são ocupados e retomam a paz dos moradores. Esse é o caminho. O morro é composto de 99% de cidadãos honestos, pessoas de boa índole que merecem ter paz. Entretanto, não vejo atuação em outras áreas da minha cidade onde a violência é extrema, como na favela da maré, que se compõe de morro. E o restante da polícia? Corrupta, assustadora e violenta.

Em infraestrutura estamos aquém até mesmo de países sulamericanos. Salvador tem um trânsito caótico e nenhum metro. No Rio, temos duas linhas de metro que na verdade é apenas uma, já que o seu traçado é uma grande lagarta. É lotação certa. E ainda vão aumentar mais a lagarta. É uma pena quando vemos que cidades como Buenos Aires tem um projeto de metro, embora velho, muito mais organizado e funcional que o nosso.

Fora o fato de estarmos sempre nas mãos das empresas rodoviárias. Efetivamente não temos um metro de qualidade, principalmente no Rio, simplesmente pelo lobby que as empresas de ônibus fazem ao despejar "ônibus de dinheiro" nas campanhas e nos bolsos dos candidatos.

Será difícil termos uma acessibilidade como na Europa, onde se anda por tudo, de metro.

O assunto é longo, para alguns muito chato, mas é ele que decide o nosso futuro. Falta pouco para uma grande eleição. Serão 6 votos que teremos que dar. São os nosso votos. Devemos fazer um esforço para que eles sejam conferidos com o mínimo de consciência.

Temos que eleger um presidente, um governador, 2 senadores, um deputado federal e um deputado estadual ou distrital (no caso de Brasília). É muita gente. Muita chance para o erro.

Geralmente temos uma clara noção de quem vamos votar para presidente e governador. É aí que mora o perigo. Muito dos nossos problemas vêm dessas outras figuras que votamos meio sem saber porque. Vêm dos Tiriricas e Euricos Mirandas que elegeremos sem nem saber o porquê. Ou só pela onda. Não proteste com seu voto. Tente usá-lo de forma consciente, e se não acertar nessa eleição, continue tentando. Só assim podemos ter uma nação mais forte.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um mundo de fome e Riqueza

O noticiário dessa semana mostra o quanto ainda somos um mundo de contrastes. E neste caso, referindo-se a um sentido totalmente negativo.

Apesar de termos reduzido a miséria humana, ainda somos um mundo onde 16% da população não tem o que comer. Segundo a Onu, temos 925 milhões de pessoas subnutridas no mundo. O site desnutrição.org explica que desnutrição está ligada a condições mínimas de existência humana. Ou seja, 16% da nossa população mundial é composta por pessoas que passam fome, ou comem num ritmo e com uma dieta alimentar, que fatalmente os levarão a mote.

Vergonhoso para um mundo que acabou de sair de um crise mundial com mais milionários que antes dela. Nas mãos, ou melhor, nos cofres de apenas 10 pessoas, há uma mega fortuna de 342 BILHÕES DE DÓLARES, enquanto no prato de 925 MILHÕES de pessoas, não há o que comer.

Queria escrever um post menos alarmista sobre isso, mas o contraste chega a ser um abuso sem fim. Não dá para entender que 10 pessoas no mundo tenham o suficiente para manter mais de 1000 gerações deles enquanto 16% das pessoas estão propensas a morrer de fome ou em conseqüência dela.

E para aumentar o contraste, quem lidera o ranking de miseráveis nem são os africanos, mas a nova toda poderosa China. A mesma China que, neste ano, ultrapassou o Japão e tornou-se a segunda maior riqueza do planeta, é o pais que mais tem miseráveis.

A boa notícia para o nosso país, é que pelo segundo ano consecutivo somos o país que liderou mundialmente o combate a fome. É importante saber que mesmo a China seja a campeã em miséria, somos nós, os BIRCs (composto pelos países em desenvolvimento Brasil, Índia, Rússia e China) que estamos liderando o combatendo a fome.

Interessante perceber o mundo que vivemos... Acabamos de passar por uma crise sem precedentes, onde foi exigida ajuda total de todos os governos e saímos dela com a concentração de riqueza no planeta maior que antes?

Assim fica claro que os poderosos é que tinham medo da crise. Eles pressionaram os governos e de tal modo conduziram todo o processo a ponto de fugirem da marolinha mais fortes e endinheirados. Tudo bancado pelo financiamento público, claro!

Enfim, tinha um monte de outros assuntos para pautar, mas quem tem fome tem pressa! Por isso, pensem bem nessas eleições e cuidado para não estarem olhando apenas para seus próprios umbigos enquanto tem milhões de pessoas morrendo por aí!

ps.: Foto by google images.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Classe Média Legitmamente Brasileira

A pauta do post de hoje veio da sempre competente Ana Paula Padrão. A jornalista que, corajosamente, trocou ser substituta da Fátima Bernardes por buscar seu destino em outros canais, esteve no ar com uma série de reportagens no Jornal da Record sobre o A Nova Classe Média.

A nova classe média é fruto do leve desenvolvimento que estamos vendo nesse país. Aos poucos (numa velocidade que poderia ser maior) uma camada da sociedade que antes não tinha acesso a crédito e a educação de qualidade razoável, teve seu poder de consumo expandido e se tornou a grande fomentadora do desenvolvimento sustentável da nossa economia.

Como bem disse na entrevista o economista Marcelo Neri, da FVG, o sonho de consumo hoje é o sonho de um trabalho realizado. Não são apenas desejos de alguém que já está acostumado a consumir, mas sim, de alguém que hoje precisa se reincluir na sociedade capitalista.

Aqueles que estavam à margem, hoje possuem uma voz particular que precisa ser ouvida com atenção. Com a fala direta, para que esse novo mercado seja atingido.

Entretanto, o acesso aos bens e serviços tem se dado, prioritariamente pelo aumento do crédito. Hoje em dia está cada vez mais acessível o financiamento de uma casa, carro ou de estudos universitários.

Para manter essa classe média ativa, se expandindo e aumentando sua renda, é preciso um investimento forte em educação. As pessoas que antes não tinham trabalho formal, hoje anseiam por qualificação.

Enfim, embora não tenha nada contra herdeiros, é interessante ver que o país está evoluindo com o empenho e superação dos seus. Que como brasileiros, não desistem nunca!








Atualizando o texto:

Veja direto do YT as 4 últimas matérias da série:


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vestidas de Noiva

E aí? Qual foi o sentimento que a foto acima lhe despertou?
Nojo? Revolta? Admiração? Orgulho? Repulsa? Indignação? Perplexidade?

Confesso que mesmo para uma criatura que se considera bastante desprovida de preconceito, a imagem desperta um turbilhão de sensações. Estamos diante de um mundo novo que se forma?Aquilo que hoje conhecemos como família foi colocado em xeque por uma parte da sociedade que simplesmente quer viver a sua maneira, ter o seu próprio modo de ser feliz. Maneira essa que transgride um modelo que vigora desde o início dos tempos.

Um vestido se une ao outro, num emaranhado de panos brancos. Já não há mais o noivo. Aquele que estaria de prontidão para proteger, amar e honrar a noiva, não faz parte dessa família. Hoje, a sutileza da noiva, o andar sob a marcha que encanta e emociona, é tocado novamente, não para saída do casal recém formado, mas para a entrada da segunda companheira.

Um dia, imaginamos que os negros não tinham alma. Em outro momento, achávamos que a mulher servia apenas para servir. Hoje, somos novamente colocados à prova, e cabe ao futuro dizer se será comum termos casamento de iguais, e um novo tipo de família.

Mas com que olhos visualizamos tal cena? Com as nossas crenças, valores, em juízo do outro, ou será que somos capazes de olhar o momento, de perceber a importância dele para outras pessoas, despindo-se da hipocresia de exigir que todos sejam iguais ao que pregamos?

O debate é longo, tantas são as questões envolvidas... Para absorver tal cena e dar seu parecer, tudo o que somos vem a tona e o que somos capazes de suportar.

Admito que jornalisticamente gostaria de ter ido a essa cerimônia. Mas, pessoalmente, ainda não sei como veria esse intrigante mundo novo. Apesar de tudo que penso, é muito diferente de tudo que sempre vimos.

Quer contribuir? Entre no comentário e diga o que sentiu ao ver a foto.

A foto acima refere-se ao primeiro casamento de duas mulheres realizado nesta semana, pela Igreja Evangélica Contemporânea, no Rio de Janeiro. Publicada pelo Jornal Extra.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Um dia teremos Independência?

Hoje é 7 de setembro, dia da independência. Mas nem sinal de verde e amarelo, cores que até bem pouco tempo, graças a mágica da copa, tomaram cada canto desse país.

Nosso povo não é patriota, é apaixonado por esporte, ponto.

Não sabemos o sentido de sermos independentes, até porque, estamos eternamente presos aos interesses de poucos. Até a tal independência nos custou um alto preço e demorou para acontecer. De verdade, ela veio bem mais tarde do que o dia do grito as margens do Ipiranga (se quiser conhecer a história).

Somos frutos de um sistema político corrupto, onde o interesse individual está sempre em detrimento do bem coletivo. Graças a esse cenário, estamos cada vez menos politizados, isso considerando que desde nossa origem nunca tivemos um povo interessado por política.

É claro que corrupção existe em todo canto, onde há dinheiro há treta (como diriam os paulistas). Mas, no Japão, ser pego com dinheiro público é coisa séria. Lá é tamanho vexame que o infeliz chega a se matar.

Temos um povo maravilhoso, guerreiro, que sabe lutar pelo seu pão de cada dia. Mas também temos em nossas veias o tal do "jeitinho brasileiro". Onde todo mundo busca "se dar bem" à custa do outro.

Aqui, ser pego com milhões na cueca, no colchão, no banco... nada disso é vergonhoso o suficiente. De mente fraca, ou acostumado a ser enganado, o brasileiro é complacente com a corrupção e eleição após eleição continua votando em quem já sabe que nada vai fazer.

É por isso que temos aí cada vez mais gente querendo se apoderar individualmente da riqueza do nosso país. O Brasil está cheio de Tiriricas, Romários, Franks Aguiar, Bebetos, Vampetas, Dineis, Ronaldos Esper, Kikos do KLB, Marcelinhos Carioca, Waguinhos, Mulheres Pêra, Maguilas e Maridos da Mara-Maravilha. Essa corja toda, que está aí aproveitando da fama, para concorrer a um cargo que, oficialmente, paga muito menos do que eles já ganham em suas profissões. Mas que com o lobby, salta para milhões.

Obs.: Tentei escrever sobre a piada que é a candidatura desses caras. Essa era a pré-disposição. Mas o assunto é tão sério, que mais que badalar ainda mais esses candidatos, precisamos é levantar a bandeira desse país. Hoje, 7 de setembro, ou em quaisquer outros dias do ano, para pedir que cada um demonstre seu amor, não somente na copa, mas em cada um dos momentos decisivos para a história dessa nação.




Já que o post ficou muito sério, aproveitem para rir um pouco da piada eleitoral que somos. Alguém tem dúvida que elegeremos o Tiririca? É um país de 22 mesmo...