domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rio resgata carnaval de Blocos

Fui neste sábado, pela primeira vez neste período pré-carnaval, curtir um bloco de rua aqui na minha cidade maravilhosa. Depois de tanto tempo tive uma bela surpresa: Nunca vi tamanha organização!

O carnaval de rua é tradição aqui no Rio. Bandinhas, foliões animados, fantasiados, bebendo, rindo e se divertindo entre os amigos... Esses blocos são a cara e a alma do carioca. Em todo canto da cidade tem bloquinho passando, marchinha tocando e pessoas felizes, celebrando a vida!

Só que tem um tempo que estava impraticável ir curtir os blocos. Era muita gente, empurra-empurra, cidade suja, violenta, cheiro de xixi em toda parede... Dessa vez, me surpreendi mesmo, pois nunca vi tamanha organização, tanto da prefeitura e quanto dos cariocas!

Trânsito fechado, agentes de trânsito orientando, PMs, TODOS os ambulantes uniformizados, com preços padronizados... e o melhor: Banheiros, muitos banheiros. Tem um tempo que o prefeito Eduardo Paes decretou que não podemos mais fazer xixi na rua... E parece que ele, em sã consciência, lembrou de viabilizar para que não precisássemos recorrer a nenhuma parede!

Havia muitos banheiros públicos espalhados pelo percurso, segurança organizando as filas, pessoas educadas nas filas esperando sua vez, e senhoras mantendo os banheiros limpos!!! Uau! Nunca tinha visto isso no Rio... confesso!

O melhor foi ver, que além do show da prefeitura, que na verdade não fez mais que sua obrigação, o carioca gosta de limpeza e pode ser bastante educado! Vi todo mundo esperando a vez na fila, sem vuco-vuco, bem civilizadamente!

E isso é muito para a nossa cidade. Temos tradição em carnaval de rua, temos blocos maravilhosos por toda a cidade, essa que por sinal, além de maravilhosa é esplêndida! Se tudo sempre estiver organizadinho assim, choverá ainda mais gringo aqui, para curtir nosso carnaval e deixar seus dólares em nossa economia!

Obs.: A foto que ilustra o texto foi publicada no jornal O Dia, em sua versão para internet.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Folha libera todo seu acervo digitalizado

Você sabe quais foram as notícias do dia em que você estava chegando ao mundo? Gostaria de rever uma capa de jornal histórica, como a da morte de Getúlio, a posse de Lula, e outros grandes momentos da nossa história?

Se você tem essa curiosidade, aproveite que o Jornal Folha de São Paulo digitalizou simplesmente todo o seu acervo, desde 1921, quando ele ainda se chamava Folha da Noite. Dando uma passada pelas capas das edições, é incrível perceber como a nossa história foi contada, como repercutiram os fatos mais importantes para o nosso país.

Mas aproveite logo, pois o Jornal já anunciou que a disponibilização do conteúdo é em período de degustação e em breve estará disponível somente para assinantes.

Brincando de pesquisar no baú da nossa imprensa, descobri que no dia do meu nascimento nosso país passava por mais um lançamento de pacote econômico (aff). Em Sampa - o jornal é paulistano - o então governador Franco Montoro garantia que os trabalhadores desempregados poderiam ficar 5 meses sem pagar conta de luz que não teriam sua energia cortada. Maluf já se dizia vítima de complô e no entretenimento estreava o filme Tarzan. No Chile, Pinochet ainda dava as cartas com sua ditadura.

Fora a capa do dia em que nasci, separei algumas capas históricas:

























A capa acima e a esquerda, é uma edição especial então Folha da Noite, com a notícia da morte de Getúlio. A do lado, informa a posse do primeiro mandato do presidente Lula. Repare que o Jornal, de direita, prefiriu exaltar o povo, e não publicou foto do ex-operário que chegava ao poder pela primeira vez depois de 3 tentativas.
Já a capa ao lado foi o golpe mais duro já dado a imprensa pela ditadura. O novo Ato, citado na primeira página era o AI-5, que decretaria o direito do governo a censura da circulação de qualquer informação.

Bom, deu pra ver que é uma viagem bem bacana consultar o acervo do Jornal. Então fica a dica! Aproveite enquanto ainda é "di grátis".

Para acessar o acervo:

Dica: Faça a busca pela data específica, começando a pesquisa pelo ano. Jogando a data na busca não está funcionando bem... Mas indo pelo ano dá para escolher o mês e depois escolher o dia.


sábado, 15 de janeiro de 2011

Tristeza no Rio

O ano começa com mais uma calamidade. Uma tragédia onde cada imagem comove, entristece e perplexifica.

Haveria como se colocar no lugar dessas pessoas? Alguém consegue se imaginar perdendo 14 pessoas queridas da sua família direta? Seríamos capazes de sentir o que as familias que viram suas casas sumir em meio a lama estão sentindo?

Até o momento desse post são 600 mortos, podendo esse número dobrar... A região Serrana do Rio foi devastada por uma mistura de fenômeno da natureza com conseqüência da ação imprudente do homem.

Até quando continuaremos vendo esses acontecimentos?

De que adianta a visita de uma presidenta ao local se não há em nossa nação uma política firme de defesa civil? De que adianta uma economia ascendente se não temos cuidados básicos com a manutenção da vida?

Não venho aqui narrar os acontecimentos, não quero evocar os personagens dessa tragédia. Pelo adiantado dos fatos, isso já não é mais preciso. Basta acessar qualquer página de notícias que eles estão lá, com cada história mais triste que a outra. É de passar a tarde chorando, rever e chorar de novo...

O que gostaria é fazer um apelo a sociedade e aos líderes dessa nação.

Precisamos parar de acreditar que somos imortais, que nada nos atinge. Que o jeitinho brasileiro é permissível à tudo... Não dá para continuarmos construindo casas na beira de rios, nas encostas de morros, em vales cercados de montanhas e acharmos que a natureza ofendida nunca pedirá seu espaço de volta. As calamidades que ocorrem ano após ano estão aí para nos mostrar que enquanto não mudarmos de postura continuaremos a ver muito dos nossos morrendo pela nossa própria imprudência.

Sim, foi um fenômeno natural raríssimo, que atingiu até quem estava com sua ocupação regular. Mas muitas daquelas casas foram levantadas onde jamais deveriam ter sido. Muito dessa tragédia poderia ter sido evitado!

E aos governantes, mais responsabilidade! A conta dessas mortes, vocês dividem com a natureza. Vivemos em um país abençoado por Deus. Não temos nevasca, não temos tornados, terremotos, nosso único problema é a nossa própria geografia e a chuva. Por isso, ser responsável e zelar pela sua sociedade torna-se ainda mais fácil que em outros lugares do mundo.

Entretanto essa ausência de urgências climáticas nos faz cada vez mais imprudentes. Não temos fiscalização assertiva, cada um constrói onde quer. Depois nossos caríssimos políticos ainda vão lá fazer uma obrinha assistencialista, maquiar as mazelas em troca de votos. Isso, quando o certo seria retirar essas casas de locais indevidos enquanto ainda há vida para se viver.

Temos dinheiro para obras faraônicas e desnecessárias. Podemos suportar uma olimpíada e uma copa do mundo, mas não temos sistemas de alertas eficazes contra acidentes naturais.

É muito triste ver isso tudo acontecendo. A intenção desse post não é achar culpados. Com certeza as pessoas não gostariam de passar por tudo que estão passando. Lastimo profundamente por isso tudo. Mas, com alguns cuidados, poderíamos ter salvas muitas dessas vidas que se foram... Falta em nosso país, Educação e Responsabilidade.