domingo, 23 de agosto de 2009

FIES, ProUni e uma breve questão sobre a continuidade do ensino

Antes, ingressar no ensino superior era quase que impossível dependendo do nível social esteja inserido. Haja vista que, desde sempre, as faculdades públicas são em sua maioria para àqueles que puderam estudar nos melhores colégios e se preparar com tempo para o tal do vestibular.

É claro que se tem excessões! Mas não é tão simples partindo do pressuposto que muitos já têm de ingressar no mercado de trabalho, furtando-lhes um precioso tempo para estudo e preparação.

Mas hoje em dia, estar no ensino superior ficou tão acessível ao ponto de ser praticamente obrigatório que se esteja cursando-o para poder ter um emprego razoável que pague mais que o exclusivo salário mínimo. Existem atualmente centenas de faculdades particulares espalhadas por esse país, que para atrair seu “cliente-aluno” facilitam cada vez mais o ingresso.

Muitas vezes por um vestibular fraco, que apenas exige uma redação para saber se o tal fulano sabe ao menos escrever. Existe ainda, além das tão polêmicas cotas (no coments, não é o foco desse texto) duas excelentes iniciativas do governo para inclusão universitária: O mais recente ProUni e o FIES.

O ProUni surgiu como a evolução do FIES. Neste plano, o aluno não adquire dívida com o governo, e sim uma bolsa que pode cubrir até 100% de suas mensalidades. No FIES, durante o curso, apenas um valor trimestral de cinquenta reais é pago pelo estudante, a título de juros. Pós-formação é que o credor, a União, deverá ser pago.

Esses programas são um grande incentivo e uma bela porta de entrada para os cidadãos que sonham em ter um diploma superior. O grande problema vem a seguir. Como se manter estudando e elegível a estes programas? A quem não entendeu nada e estava achando até aqui tudo uma maravilha, explico o porquê da questão.

Está provado, que a grande maioria dos estudantes contribuem para o sustento de suas famílias. Por tanto a vida da maioria dos acadêmicos precisa estudar e Trabalhar. Conciliar essas duas atividades não é nada simples. Não adianta ser um excelente estudante e ser um péssimo funcionário. Já que não é só a bolsa que nos dá condições de estarmos no superior. Além do auxílio ou total responsabilidade com o sustento familiar, ainda soma-se nesta conta os gastos com passagem, alimentação, livros e as toneladas de cópias de textos que os professores solicitam.

Até aí, ok, tranquilo. Quando busca um objetivo, é necessário obstinação e determinação. A gente tem mais que dormir pouco, estudar muito e passar o dia envolvido com o trabalho. Sim, tranquilo! Mas e quando a sobrecarga está demais e por isso, perde-se uma ou mais matérias, repetindo por falta ou nota? Já que em ambos os programas, se o beneficiário tiver alguma matéria repetida, por um desses critérios, ou até mesmo tiver passado, mas com nota média inferior a 75%, torna-se inelegível a continuidade da bolsa.

Sei que muito vão pensar e até falar “Claro, tá ganhando do governo, tem mais que estudar mesmo e tirar notão sempre, sem perder matéria”. Concordo! Mas é uma pena que seja tão dificil colocar isso em prática!

Geralmente o trabalho consome um montão da nossa mente. Ao ponto de no final do expediente, estarmos tão cansados mentalmente que nem aguentamos ir para a facul. Fora os dias em que a falta se faz necessária por causa das horas-extras, no geral nem pagas, que precisamos esporadicamente fazer em nossos empregos.

Fica difícil até de estudar para as provas. Ler todos os textos recomendados, ampliar os assuntos debatidos em aula, fazer todos os trabalhos de campo solicitados, então… E é mais dificil ainda sobrar um tempinho para algo que seja tão gostoso para a gente pessoalmente, como ir à praia ou escrever algumas linhas para postar num blog.

Mas infelizmente a regra é clara e não pensou-se nesses poréns ao determiná-la. Você pode ser um grande apaixonado pela sua futura carreira, mas bobeou, dançou: do programa!

Neste caso, sou obrigado a retornar a questão: Como continuar estudando se excluso de um desses programas que vieram tanto a somar? Quem souber a resposta por favor diga-me, pois as faculdades particulares, ao longo do percurso de nossa graduação, aumentam tanto o valor das mensalidades, tornando impossível conciliar todas as obrigações já citadas e ainda pagar os valores totais, sem os descontos do governo.

A foto do post faz parte do acervo da Agência Brasil, de uso público.

O que achou do texto? Vote abaixo e classifique o artigo!

Tem alguma opinião sobre o assunto, não deixe de comentar!

12 comentários:

Hi! disse...

Ok, estou aqui mesmo sem ter lido o texto pra dizer que por mais que n tenha lido o blog é bom, critivo e super bem escrito :)

Marcelo Augusto disse...

Verdade seja dita!
Parabens pelo seu blog, e eu, que sou um dos que sonham em entrar na faculdade publica agradecemos todos esses programas! Mas como se é dito: a educação é uma mao de via dupla. O governo ajuda, voce ajuda.
Não adianta nada querer entrar na faculdade sem esforço!

ate mais amigo!
http://awardmovies.blogspot.com

Euzer Lopes disse...

Uma pessoa, no alto dos seus 20, 25, 30 anos, está na plena forma. Suporta melhor os trancos, as adversidades e pressões.
Portanto, desculpas como "cansaço", "pressão" e até mesmo (em alguns casos, questionável) "distância" nunca foram motivo para quem realmente quer aprender, quer evoluir, quer educar-se, não se empenhasse de fato num curso. Por que há tanta gente com 35, 40 anos, pais de família, que fazem cursos de pós, mestrado, doutorado, dedicam-se, pesquisam, envolvem-se quase integralmente e chegam lá?
A questão é essa: o governo ajuda, mas se o aluno não fizer a parte dele, não adianta vir com desculpas.
Disciplina também é matéria obrigatória em qualquer curso.
Desde o pré

Unknown disse...

Acho injusto as formas de seleções para universidades brasileiras, se o cara pode pagar que vá para a particular ou então mesmo na pública que vá e banque um que não possa.

BLOGdoRUBINHO
www.blogdorubinho.cjb.net
www.twitter.com/blogdorubinho

Anônimo disse...

Acho que todas as formas que existem para entrar na faculdade e até mesmo depois que se entra nela exigem sempre a mais do que o "cidadão" pode, eu por exemplo, tô no terceirão do ensino médio, eu estudo e trabalho, mas e o resto? (dai inclui minha diversão e também outras coisas é claro) me sinto sobrecarregado, acordar todo santo dia as seis da manha e dormir lá pela meia noite é foda, mas acho que é o único jeito mesmo pra ser alguém no futuro, por que todo mundo tem que se fuder... poderia ser bem mais fácil... e ainda nem cheguei na faculdade...

Hi! disse...

guhsushsushsuhss, é isso ficou estranho, mais é que tipo li o 1º paragrafo e dai sim im comentar entende?

simple_chi! disse...

é, o foda mesmo de entrar na faculdade nao eh conseguir passar no vestibular, mas sim se manter na faculdade neh..:/

*Teta de Nêga* disse...

Realmente o problema maior não é entrar na faculdade, mas sim, manter-se nela!

Parabéns pelo blog!

Plínio disse...

Olá!
Seu blog foi indicado ao selo "Este Blog acerta em cheio"

Confira o post: http://jornaleirodeplantao.blogspot.com/2009/08/recado-da-redacao-premiacao.html

Parabens!

Inez disse...

Sempre estudei e trabalhei. Comecei a trabalhar aos 12 anos de idade, naquela época escolas de nível fundamental e médio eram poucas, na minha cidade tinha apenas duas escolas públicas e ainda tinha o vestibulinho para ingressar. Meu pai não deixou prestar o vestibulinho então parei de estudar.
Voltei a estudar aos 19 anos, trabalhava o dia todo e estudava a noite. Fiz o supletivo que naquela época era chamado de madureza. Fiz o supletivo ginasial e colegial, e claro quiz continuar estudando em nível superior. Prestei vestibular, entrei na faculdade sempre trabalhando, pois além de pagar meus estudos ainda contribuia com o sustento da família. Não morri e agradeço por ter feito assim. Trabalhar e estudar faz com que possamos adiquirir experiências para a vida profissional, aliás no meu tempo a grande maioria que queria estudar tinha que trabalhar também.
Acho os programas FIES e PROUNI muito bons, mas, não isenta a pessoa de trabalhar, quem quer consegue sim e sou uma prova disso.

Assunto Popular Brasileiro disse...

Hoje cada vez mais fica difícil avaliar os bons profissionais, já que qualquer um pode ser um administrador de empresas.

ótimo artigo.

abs
diogo dias

Polly... disse...

Concordo ! As pessoas tem nao tem uma boa situaçao financeira mas querem ingressar na facul , batalham mt mais e obtem mais obstaculos. Eu , como futura universitaria bolsista, estou passando por isso. rsrs*

boa postagem!

visite tbm!



http://atitudescertasdeumagarotaimperfeita.blogspot.com/