Antes, ingressar no ensino superior era quase que impossível dependendo do nível social esteja inserido. Haja vista que, desde sempre, as faculdades públicas são em sua maioria para àqueles que puderam estudar nos melhores colégios e se preparar com tempo para o tal do vestibular.
É claro que se tem excessões! Mas não é tão simples partindo do pressuposto que muitos já têm de ingressar no mercado de trabalho, furtando-lhes um precioso tempo para estudo e preparação.
Mas hoje em dia, estar no ensino superior ficou tão acessível ao ponto de ser praticamente obrigatório que se esteja cursando-o para poder ter um emprego razoável que pague mais que o exclusivo salário mínimo. Existem atualmente centenas de faculdades particulares espalhadas por esse país, que para atrair seu “cliente-aluno” facilitam cada vez mais o ingresso.
Muitas vezes por um vestibular fraco, que apenas exige uma redação para saber se o tal fulano sabe ao menos escrever. Existe ainda, além das tão polêmicas cotas (no coments, não é o foco desse texto) duas excelentes iniciativas do governo para inclusão universitária: O mais recente ProUni e o FIES.
O ProUni surgiu como a evolução do FIES. Neste plano, o aluno não adquire dívida com o governo, e sim uma bolsa que pode cubrir até 100% de suas mensalidades. No FIES, durante o curso, apenas um valor trimestral de cinquenta reais é pago pelo estudante, a título de juros. Pós-formação é que o credor, a União, deverá ser pago.
Esses programas são um grande incentivo e uma bela porta de entrada para os cidadãos que sonham em ter um diploma superior. O grande problema vem a seguir. Como se manter estudando e elegível a estes programas? A quem não entendeu nada e estava achando até aqui tudo uma maravilha, explico o porquê da questão.
Está provado, que a grande maioria dos estudantes contribuem para o sustento de suas famílias. Por tanto a vida da maioria dos acadêmicos precisa estudar e Trabalhar. Conciliar essas duas atividades não é nada simples. Não adianta ser um excelente estudante e ser um péssimo funcionário. Já que não é só a bolsa que nos dá condições de estarmos no superior. Além do auxílio ou total responsabilidade com o sustento familiar, ainda soma-se nesta conta os gastos com passagem, alimentação, livros e as toneladas de cópias de textos que os professores solicitam.
Até aí, ok, tranquilo. Quando busca um objetivo, é necessário obstinação e determinação. A gente tem mais que dormir pouco, estudar muito e passar o dia envolvido com o trabalho. Sim, tranquilo! Mas e quando a sobrecarga está demais e por isso, perde-se uma ou mais matérias, repetindo por falta ou nota? Já que em ambos os programas, se o beneficiário tiver alguma matéria repetida, por um desses critérios, ou até mesmo tiver passado, mas com nota média inferior a 75%, torna-se inelegível a continuidade da bolsa.
Sei que muito vão pensar e até falar “Claro, tá ganhando do governo, tem mais que estudar mesmo e tirar notão sempre, sem perder matéria”. Concordo! Mas é uma pena que seja tão dificil colocar isso em prática!
Geralmente o trabalho consome um montão da nossa mente. Ao ponto de no final do expediente, estarmos tão cansados mentalmente que nem aguentamos ir para a facul. Fora os dias em que a falta se faz necessária por causa das horas-extras, no geral nem pagas, que precisamos esporadicamente fazer em nossos empregos.
Fica difícil até de estudar para as provas. Ler todos os textos recomendados, ampliar os assuntos debatidos em aula, fazer todos os trabalhos de campo solicitados, então… E é mais dificil ainda sobrar um tempinho para algo que seja tão gostoso para a gente pessoalmente, como ir à praia ou escrever algumas linhas para postar num blog.
Mas infelizmente a regra é clara e não pensou-se nesses poréns ao determiná-la. Você pode ser um grande apaixonado pela sua futura carreira, mas bobeou, dançou: do programa!
Neste caso, sou obrigado a retornar a questão: Como continuar estudando se excluso de um desses programas que vieram tanto a somar? Quem souber a resposta por favor diga-me, pois as faculdades particulares, ao longo do percurso de nossa graduação, aumentam tanto o valor das mensalidades, tornando impossível conciliar todas as obrigações já citadas e ainda pagar os valores totais, sem os descontos do governo.
A foto do post faz parte do acervo da Agência Brasil, de uso público.
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